quarta-feira, 13 de março de 2013

Novo sistema de alerta de tsunamis é implantado no Japão



O Comentário de hoje é o primeiro de uma série assinalando o segundo aniversário do Grande Terremoto do Leste do Japão. Nesta primeira parte vamos conhecer um sistema de alerta de tsunamis criado a partir da experiência com o desastre de 2011. A Agência de Meteorologia do Japão começou a operar o novo sistema na quinta-feira. Para entender como esse novo sistema pode ajudar as pessoas a se prepararem melhor para desastres conversamos com o comentarista da NHK Noboru Yamazaki.

Começamos perguntando a ele o que mudou neste novo sistema.

Ele diz: "Uma grande diferença é que quando alertas de tsunami forem transmitidos depois de um terremoto de grandes proporções, como o de 11 de março de 2011, adjetivos como enorme ou alto serão utilizados, em vez da estimada altura do tsunami. O objetivo é transmitir a urgência da situação para pressionar as pessoas a fugirem.

Até o terremoto de dois anos atrás, a agência não esperava que um tremor de 9 graus de magnitude pudesse atingir a costa de Sanriku, no nordeste do Japão. O terremoto ultrapassou os padrões e, como resultado, o tamanho das ondas anunciadas nos alertas de tsunami foi menor do que as ondas reais. Essa informação errônea pode ter atrasado a saída de alguns residentes."

No caso de um grande terremoto, quais serão os desafios a serem enfrentados pelo novo sistema de alerta de tsunamis na retirada eficaz dos residentes das regiões ameaçadas?

Yamazaki explica que esta será a tarefa principal. Ele explica que é preciso conscientizar a população sobre o tipo de preparação necessária. O novo sistema de alerta pode não ser transmitido a tempo, dependendo da localização do terremoto. Se o mesmo acontecer em terra, ou perto da costa, um grande tsunami pode chegar em questão de minutos. Pessoas nessas áreas não terão tempo para fugir se esperarem pelo alerta de tsunamis.

Outra dificuldade é que esses alertas não são altamente precisos. O tamanho da onda pode, em realidade, medir entre a metade e o dobro do tamanho previsto. Segundo o comentarista esta é a melhor previsão que pode ser feita com a atual tecnologia.

Yamazaki acredita que a lição mais importante a ser tirada do desastre de 11 de março, no sentido de proteção contra tsunamis, é fugir o mais rápido possível. Ele conclui dizendo esperar que a população entenda que há limites sobre a informação que vão receber e que devem simplesmente fugir.

Este foi o Comentário.




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