terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nova política energética do Japão


Nova política energética do Japão
Por Uehara Yuu
fonte:World Press All Rights reserved
Nesta edição do Comentário, Takumi Fujinami, pesquisador do Instituto de Pesquisas do Japão, nos fala sobre uma nova política energética adotada pelo governo japonês no último final de semana, a fim de tornar possível até a década de 2030, uma sociedade que não dependa da geração de energia nuclear.

Perguntamos o que ele acha da política do governo para chegar à dependência zero de energia nuclear.

Fujinami diz que a opinião pública no Japão apoia a dependência zero de energia nuclear e deseja concretizar esta meta o mais rápido possível. O governo a princípio sugeriu 3 opções, zero, 15 ou 25 por cento de dependência de energia nuclear, e vinha mantendo discussões mostrando os custos estimados de cada uma das opções. A dependência zero implica num grande fardo em termos de custo, e foi difícil para o governo aceitar essa opção, mas provavelmente acatou esta meta em vista da opinião pública e das eleições gerais que se aproximam.

O governo pretende alcançar esta meta multiplicando em até 8 vezes o uso de energias renováveis e outros meios. Este objetivo é possível. As energias renováveis podem ser viáveis a qualquer nível desde que haja investimento. Contudo o custo seria repassado nas tarifas de eletricidade, e portanto, discussões seriam necessárias para determinar como a população iria arcar com estes custos. Quanto as indústrias, um aumento na tarifa de eletricidade provavelmente teria um impacto negativo em termos de competitividade internacional. Isto deveria ser considerado a fim de não acabar sobrecarregando todo o circuito industrial com estes custos.

Discussões sobre como obter energia renovável a um custo menor também seriam necessárias. Um sistema foi implementado em julho para obrigar as empresas de energia a comprar a eletricidade produzida por fontes renováveis a preços fixos. No entanto, como a produção de energia solar recebe mais subsídios, a eletricidade gerada desta forma é relativamente bastante cara.

Por outro lado, a energia eólica é muito barata, mas os lugares onde os ventos sopram são no meio do mar ou distantes das grandes cidades. O desenvolvimento de uma rede de distribuição de energia, e modos para se aproveitar a energia eólica que é relativamente mais barata, também estariam na agenda.

Enquanto isto, também pode se reduzir a demanda por eletricidade. Desde a catástrofe do terremoto no ano passado, como resultado da promoção da economia de energia, acredita-se que a demanda por energia seria bem menor do que a que seria estimada a partir do Produto Interno Bruto de 2011 e 2012.

Em outras palavras, dependendo do quanto se economizar de energia, é possível reduzir a demanda enquanto se mantém o crescimento econômico.

Este foi o Comentário.

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