sábado, 23 de maio de 2015
Estudo: Problemas neurológicos em Fukushima aumentaram até 600% após desastre nuclear
Um estudo realizado no Hospital Geral de Soma, na província Fukushima, analisou os efeitos a longo prazo dos possíveis danos causados pelo desastre nuclear de março de 2011 na saúde das pessoas que residem, ou que residiam, próximas à usina nuclear danificada. O resultado mostrou um aumento de até 600% de casos de algumas doenças causadas por problemas neurológicos.
O estudo, publicado no site da Livraria Nacional de Medicina dos EUA, no dia 7 de abril, analisou 18.167 pacientes que passaram pelo hospital no período de quatro anos: entre abril de 2010 e março de 2014 (um ano antes e três anos depois do desastre nuclear).
Os registros médicos mostraram que na área de evacuação, o número total de pacientes do departamento de otorrinolaringologia aumentou 364% (4,64 vezes) no primeiro ano, 324% (4,24 vezes) no segundo ano, e 354% (4,54 vezes) no terceiro ano pós-desastre.
Na cidade de Shinchi, que fica fora da área de evacuação, os casos de vertigem, doença de Ménière (tipo de labirintite), e de perda auditiva neurossensorial, aumentaram 84%, 152,6% e 142,1%, respectivamente em relação ao ano pré-deasastre. Na área de evacuação da cidade de Minami-Soma, os casos de pacientes com os mesmos sintomas aumentaram 600% (7 vezes) em 2012, 400% (5 vezes) em 2013 e 600% (7 vezes) em 2014.
Embora o número de casos de algumas doenças tenha aumentado vertiginisamente um ano após o desastre nuclear, o estudo aponta que não há relação direta entre a exposição à radiação e os sintomas apresentados pelos pacientes, já que em 72% dos casos, os médicos não puderam identificar uma causa para os sintomas, que foram classificados pelo estudo como psicogênicos – sintomas causados por transtornos psíquicos.
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