segunda-feira, 7 de abril de 2014
Economista japonês fala sobre o impacto do aumento no imposto sobre consumo
Por Uehara Yuu
Fonte:NHK World Press All Rights Reserved
Hoje, para o Comentário, conversamos com Tsuyoshi Ueno, economista do Instituto de Pesquisas da Seguradora Nippon Life sobre o impacto do aumento do imposto sobre consumo anunciado no relatório trimestral Tankan do Banco do Japão.
Começamos perguntando a Ueno sua opinião sobre o resultado do relatório.
Ueno diz: "Em primeiro lugar, como os especialistas no mercado esperavam, aumentou recentemente a confiança nos negócios. Isso se deve, provavelmente, ao melhor desempenho corporativo causado pelo crescimento da demanda antes do aumento do imposto sobre consumo. Por outro lado, a previsão sobre o sentimento corporativo foi pior do que se esperava. Uma queda particularmente grande está prevista para as vendas de carros e para o varejo, setores mais vulneráveis ao impacto do aumento do imposto. Essa previsão reflete a cautela das empresas em relação ao aumento do imposto.
A previsão sobre oferta e demanda mostra uma grande queda no mercado doméstico, ao passo que, para os mercados internacionais, a previsão é de uma situação praticamente inalterada. Eu acredito que isso se deva à tensa situação na Ucrânia, aos problemas financeiros na China e a outros fatores que não permitem previsões otimistas. Assim, o declínio na economia doméstica não pode ser complementado por negócios no exterior, uma situação que é representada por essa previsão negativa sobre negócios no futuro."
O que seria preciso para gerar uma recuperação econômica?
Ueno explica que o governo já tomou medidas, como aumentar o número de projetos de obras públicas e pedir a companhias que aumentem os salários de seus empregados. Contudo, considerando que o imposto sobre consumo subiu em meio ao aumento dos preços das commodities devido ao enfraquecimento do iene, a eficácia de tais medidas parece, até agora, ser limitada.
O economista acrescenta que as empresas estão ansiosas e o governo precisa facilitar as regras para ajudar a recuperar a autoconfiança dos empresários para que a gerência volte a sentir que pode expandir seus negócios no Japão. O governo pretende anunciar uma nova estratégia de crescimento em junho. No passado, governos não conseguiram mexer em setores como os serviços médicos e a agricultura, que funcionam sob regras consideradas inflexíveis. Ueno acredita que o governo deveria tentar mexer nesses setores, desta vez, para criar medidas que mostrem sua determinação em melhorar, de maneira estrutural, a competitividade do Japão. O primeiro-ministro Shinzo Abe diz que ele mesmo quer ser uma espécie de broca que vai destruir essa rocha, referindo-se à rigidez das regras. O economista concorda que o premiê realmente precisará adotar tal atitude.
Este foi o Comentário.
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