Por Uehara Yuu
Fonte:NHK World Press All Rights Reserved
Neste Comentário, o professor Hiroshi Yamamoto, da Faculdade de Estudos Esportivos e de Saúde da Universidade Hosei, faz um balanço da Olimpíada de Inverno que se encerrou domingo na cidade russa de Sochi.
- Que avaliação pode ser feita dos Jogos de Inverno?
"O país-sede, a Rússia, obteve os melhores resultados, com a conquista de 33 medalhas, das quais 13 de ouro. Visto que o forte desempenho de atletas de um determinado país está relacionado estreitamente com o sucesso olímpico, pode-se dizer que o evento foi um grande êxito para a Rússia. Merece avaliação positiva o fato de que não tenha havido nenhum ato de terrorismo na Olimpíada.
É bem provável que o Comitê Olímpico Internacional (COI) atribua franco sucesso à Olimpíada de Sochi. O COI tinha três metas para os Jogos: conquistar o coração dos jovens com os esportes olímpicos, promover a igualdade entre sexos nas competições e despertar o interesse nacionalista. No que se refere à primeira meta, as provas de snowboard e esqui em estilo livre atraíram o interesse de jovens pelo mundo afora. Sobre a igualdade entre sexos, a modalidade feminina de salto em esqui fez a sua estreia olímpica. Foi lamentável que a japonesa Sara Takanashi não tenha conquistado nenhuma medalha, mas uma atleta alemã que nunca tinha obtido um título conquistou ouro em Sochi. A segunda meta, como um novo desafio, comprovou ser um sucesso. No aspecto do nacionalismo, um número maior de provas em equipe foi realizado pela primeira vez em Sochi. Mostrou-se então um êxito até certo ponto porque provas em equipe despertam um senso de rivalidade tanto entre atletas como entre os espectadores."
- O que deixou uma impressão marcante na Olimpíada de Inverno?
"Foi uma surpresa tomar conhecimento de que informações e know-how relacionados às habilidades dos atletas não podem mais ser confidenciais. A Holanda não era tão forte em patinação veloz no gelo de curta distância. No entanto, a equipe holandesa conseguiu absorver várias habilidades de algumas nações, como o Japão e os Estados Unidos, e as misturou com as suas próprias. Apenas em patinação veloz no gelo, a Holanda conquistou 23 medalhas, das quais oito de ouro. Trata-se de um notável desempenho, pois a Polônia, segunda colocada, obteve somente três medalhas, enquanto a Coreia do Sul e a República Tcheca, empatadas em terceiro lugar, ficaram com duas.
Houve também casos de atletas que sobrepujaram a si mesmos. Foi assim com a concorrente japonesa em patinação artística Mao Asada, que teve fraco desempenho no programa curto da modalidade feminina. Na prova livre, ela se recuperou, deslumbrando o público com uma esplêndida performance. A reviravolta deve-se a esforços de várias pessoas que a apoiaram, como o seu treinador, o seu coreógrafo e o seu auxiliar médico.
Aparentemente o público acompanhou interessantes histórias de bastidores. Pode-se então afirmar que a Olimpíada de Inverno de Sochi ofereceu às pessoas a oportunidade de assistir aos jogos sob uma perspectiva maior, em vez de simplesmente celebrar ou lamentar a conquista ou a perda de medalhas."
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