segunda-feira, 15 de junho de 2015

Saiba mais sobre a MERS, a Síndrome Respiratória que está se alastrando pela Coreia do Sul


MERS (Middle East Respiratory Syndrome em inglês ou Síndrome Respiratória por Coronavírus do Oriente Médio em português) é uma infecção causada pelo vírus denominado coronavírus, identificado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012.
Desde então até o início de junho de 2015, foram identificados mais de mil casos com mais de 400 mortes em 25 países da Ásia, África, Europa e América, sendo 85% dos casos ocorridos na Arábia Saudita. Este vírus é da mesma família do vírus responsável pela Síndrome da Angústia Respiratória (SARS), que causou 800 mortes em 2003, mas são infecções diferentes. Na epidemia atual da Coreia do Sul, foram diagnosticados 87 casos com 6 mortes (presente data de 8 de junho de 2015).
O tempo de incubação deste coronavírus é de aproximadamente 4 dias; os principais sintomas são febre alta, tosse e dificuldade respiratória. Pode apresentar às vezes, sintomas digestivos como a diarreia, náusea e vômito. Nos casos leves, pode ser assintomático, isto é, não apresentar nenhum sintoma.
Em casos graves, pode evoluir para pneumonia e o paciente necessitar de suporte de aparelhos respiratórios com cuidados da Unidade de Terapia Intensiva. As pessoas idosas, pessoas com doenças de base (diabetes, doenças pulmonares crônicas ou com doenças que afetem o sistema imunológico) são mais vulneráveis às formas graves da infecção.
A transmissão ocorre por 2 maneiras: de humano para humano, através de tosse, espirros e fômites, ou abraços e apertos de mão com pessoas contaminadas; ou de animais para humanos, provavelmente através de camelos.
O tratamento consiste em medicações para aliviar os sintomas.
Não há vacina para prevenir a doença. As medidas preventivas são as básicas de higiene, como lavar as mãos com frequência, principalmente ao entrar em contato público, ter etiqueta ao tossir e espirrar cobrindo o nariz e boca, evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos sujas e evitar contato direto com pessoas doentes.
Especialistas dizem que é difícil esta infecção invadir o Japão, já que está limitado ao contágio intra-hospitalar; os indivíduos contaminados estão identificados e os contatuantes estão isolados com vigilância de saúde.
Caso for viajar ao Oriente Médio evitar entrar em contato com camelos, e ao visitar a Coreia do Sul, evitar pacientes que apresentaram a infecção e manter-se distante de instituições médicas. Durante a estadia local, lavar frequentemente as mãos e evitar alimentos crus ou preparados em condições de má higiene; lavar bem as frutas e verduras antes de ingeri-las.
Ao retornar desta viagem, caso tiver sintomas como febre, tosse e dificuldade respiratória no período de 2 semanas, aconselha-se procurar o centro de saúde próximo de sua casa, para exames detalhados e não esquecer de referir a sua viagem ao exterior em países suspeitos.
Por: Elza S.M.Nakahagi, médica do SABJA-Disque-Saúde do Conselho de Cidadãos do Consulado Geral do Brasil em Nagoia. Autora dos dicionários e aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos.

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