Mulheres no poder na sociedade nipônica? Veja como o Japão busca atingir meta ambiciosa para as mulheres ocuparem cargo de gestão.

De acordo com pesquisa realizada pela Catalyst 2014, o Japão possui cerca de 3,1% de mulheres na diretoria das empresas e vem promovendo campanhas para aumentar esse número.

Para garantir a diversidade e a participação das mulheres nos negócios, foi publicado nota pela Tokyo Stock Exchange e na Agência de Serviços financeiros sugerindo estratégias para acrescentar mulheres no poder: nomeando-as como conselheiras da empresa ou promovendo-as a partir de cargos hierárquicos disponíveis.

O governo também estabeleceu uma meta ambiciosa para que as mulheres ocupem 30% dos cargos de gestão em 2020, afim de impulsionar a economia doméstica, mas possui uma série de dificuldades para isso. Apesar da mão-de-obra feminina atualmente no Japão ser de 63%, o desafio para promovê-las a cargos gerenciais é reduzir o abandono do trabalho devido ao acúmulo de tarefas domésticas, especialmente após o nascimento do 1º filho.

Estima-se que 70% das mulheres param de trabalhar depois que se tornam mães. Para ajudá-las, o governo tem aumentado o número de creches para cuidar dos filhos em período integral e facilitando a imigração para permitir mão-de obra de estrangeiros para trabalho doméstico.

Mas ainda há muito a ser feito, como rever os contratos de trabalho temporários, a prática da hora extra (o que beneficiaria todos os trabalhadores) e uma forte campanha para rever a masculinização da sociedade, desmistificando o mito do sexo frágil, da impotência feminina e da sua dependência existencial ao homem, ou seja, rompendo a cultura machista ainda tão forte no Japão.

É preciso acreditar que somente no respeito às diferenças e potencialidades inerentes aos homens e mulheres é que será possível a construção de uma história que abomina a discriminação e o preconceito.

Apesar do caminho ser longo é bom saber que o Japão está nele, em sintonia com grande parte do resto do mundo!

FONTE: JAPAN TODAY