sábado, 10 de janeiro de 2015

Cientistas fazem avanços em alerta de tsunami



Fonte: Ipc Digital
O tsunami devastador de 2004, no Oceano Índico, levou a uma maior cooperação global e aperfeiçoamento das técnicas para detectar ondas gigantes causada por abalos sísmicos.

Há dez nos atrás, os países do Oceano Índico não contavam com um sistema de alerta, pois não haviam registos de tsunamis na área na história recente.

O principal órgão de monitoramento do mundo, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, com sede no Havaí, focava apenas nas áreas propensas a terremotos ao logo do Anel de Fogo do Pacífico, incluindo o Japão e a América do Sul.

“Nós não estávamos em uma posição adequada para responder rapidamente a um evento de grandes proporções”, disse um dos diretores do centro à agência AFP.

Dez anos depois do desastre de 2004, a área do Oceano Índico é constantemente monitorada por cientistas americanos e a comunidade internacional estabeleceu um novo sistema de alerta, que terminou de ser implantado no ano passado.

“A comunidade científica que estuda tsunamis cresceu muito desde 2014”, disse um cientista da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica à AFP. “Antes de 2004, cerca de 100 cientistas estudavam tsunamis, hoje, já existe pelo menos 1.000 profissionais especializados.” completou ele.

Em 2011, após o grande terremoto de Tohoku, no Japão, três bóias oceânicas detectaram o primeiro tsunami. Duas bóias americanas e uma russa. Mesmo sem um acordo de compartilhamento de informações na época, Rússia e EUA compartilharam informações e os cientistas conseguiram prever com certa precisão a passagem da onda gigante pelo arquipélago do Havaí até atingir a costa americana.

Atualmente, o Japão conta com dezenas de bóias detectoras espalhadas por toda a sua costa.

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